Quem somos nós

Ela ama ela e escreve sobre ela e sobre o que vier na mente. Ela é a razão, a razão de viver. Ela é a emoção, a emoção que pulsa nas veias. Ela não vive sem ela, que sempre pensa nela. Ela completa ela e acaba que ela e ela desfrutam do mesmo amor.

Este é um espaço para escrevermos textos, contos, poemas, crônicas e posts pessoais, sobre os mais variados temas, sendo homossexualidade o maior deles, direta ou indiretamente. * Nem todos os textos escritos em 1ª pessoa são verídicos ou autobiográficos.

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sábado, 17 de janeiro de 2009

Despedida


Gente, esse blog foi ótimo para mim. Desabafei muito, e publiquei muitos dos meus textos que antes eu tinha vergonha de mostrar. Mas agora estou mudando, para um blog novo :D
Não deletarei esse aqui, mas não funcionará mais.
Obrigada a todos que acompanharam, e peço que acompanhem no próximo :)
Beijos :*

Novo blog:
Palavras engasgadas

Eu e ela ás 16:44,



quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

And I will let my heart broken.


Estou precisando me achar dentro de fios de amor e ali próximos, outros de prazer por prazer. Estou dividida entre os dois, de uma forma que nem eu mesma entendo. Durante toda minha vida, busquei pelo que eu tinha há um mês atrás. Que por sinal, durou mais de um ano. E meio que do nada, como num desencantamento repentino, me vi perdida. Talvez até mesmo despreparada. Não estou no ponto de saber ceder demais.Achei que estava. Eu mudei muito de uma vez, e agora chega. Preciso me retirar. Isso dói, muito. Tenho medo, tenho pavor na verdade. Eu achei, me senti segura, e agora tenho medo de perder você, que além de meu amor, era minha garantia de que eu não ficaria sozinha. Não, não interprete errado. Acho que você entende o que quero transmitir. Você sente o mesmo. É, e em falando de sentimentos, eles estão muito bem definidos. Sei muito bem o que quero pra minha vida, e não preciso ficar repetindo mais vezes. Porém, todos me avisavam, e eu cega e surda, não via nem ouvia. Eu ignorava, e só queria pensar no nosso amor, e em como fazer com que ele durasse para a vida inteira. Mas... Precisa mesmo disso, agora? Não sei se estou no nível de deixar probabilidades de lado e ter apenas a certeza do meu lado. É até bom pra saber que é você mesmo, e mais ninguém. Mas ainda quero viver o que posso, da melhor forma que eu conseguir. Acredito piamente que precisamos amadurecer muito para podermos ficar juntas de vez, afinal, se você for mesmo minha alma-gêmea, é um fardo muito pesado que eu tenho que carregar. E na verdade, se for mesmo, nada, nenhuma experiência, irá impedir o que tem que acontecer. Mas não quero forçar a barra agora. Quero poder cair, levantar, chorar, sem ter um compromisso estabelecido e uma obrigação a ser cumprida. Comecei a me sentir sufocada, por tantas razões, que nem consigo processar direito. E tais razões, que você sabe, não foram à toa. Tudo foi um processo muito lento e doloroso até chegar na horrível decisão. Aquela decisão. Essa decisão, que eu não sei ainda no que vai dar. Estou tentando não pensar muito nisso, mas penso o tempo inteiro. Eu quero e não quero. Eu não sei qual lado meu deveria agir nesse momento. O emocional ou o racional. Estou tentando levar em consideração o segundo. É muito difícil pra mim, uma pessoa tão sentimental. Mas sinto que é o certo, pelo menos nesse momento. Quando penso em voltar, lembro dos milhares de aspectos ruins que me fizeram terminar. E aí eu choro. E levanto, e penso. Estou num momento egoísta, e não queria que você tivesse os mesmos direitos que eu teria. Mas sei que isso faria de mim uma pessoa escrota com você. Então tentarei engolir a dor e a decepção. Estou confusa, mas estou tentando tomar uma posição. Eu sei o que você sente, eu sei o que eu sinto. Queremos a mesma coisa. Mas agora não dá. Não agora.

Eu e ela ás 15:49,






Ju!


Sabe, eu tive pensando na nossa amizade e em quanto isso é importante pra mim. Fico pensando em quantas coisas aconteceram, muitos altos e muuuitos baixos, mudanças, amadurecimentos. E é incrível como não consigo ficar longe de você, é sério. Eu já começo a sentir falta, sacolé? Eu tô tão acostumada a entrar no msn e a gente ficar conversando sobre várias coisas durante tanto tempo, sérias ou não. Foi tão do nada, assim, que a gente se conheceu. Você sentava na minha frente, e ficava pedindo lápis, e borracha, e a gente acabou começando a conversar. Lembro até o livro que você tava lendo. " O Diabo veste Prada". E foi assim, tão bom, repentino, com muitas brigas, mas também muito companheirismo e risadas. A gente era, e é tão diferente, mas sei lá, pra mim é tao certo e tão bom do jeito que está. Eu fico muito irritada com você por algumas atitudes, decepcionada, e tal. Mas não dura muito. Alguma coisa faz com que eu não consiga ficar brigada com você. Você é uma das únicas amizades que eu tenho certeza que não é momentânea, e que é verdadeira mesmo. É uma das amizades que vou levar pro resto da vida, junto com todas as memórias do presente. Somos muito diferentes mesmo, mas não acho que isso é algo que afaste a gente, pelo contrário. A sua companhia sempre é boa pra mim, e adoro seu jeito de ser. Se eu tivesse a opção de te mudar, qualquer coisa, eu não faria. Amo suas manias, seu jeito irritadiço e orgulhoso de ser. Você tem muitos defeitos, mas eu nem noto muito eles. Tento ao máximo fazer com que suas qualidades fiquem bem acima. E sempre consigo. Eu sou a pessoa que mais te entendo e te conheço, e eu tenho certeza plena disso. Conheço coisas sobre você que sei que nem você mesma conhece. Nós ficamos um bom tempo afastadas, mas continuo conhecendo você por inteira. Eu vejo além, e acho isso tão importante pra mim. Porque assim posso tentar te ajudar no que eu posso. Afinal, é um prazer eu fazer as coisas por você. Eu valorizo demais isso que a gente tem, e talvez(e muito provavelmente) você nem veja tudo que eu vê, mas eu sei que é real. Esse ano que passou foi muito bom, por ter você comigo. Espero que esse ano seja ainda melhor. Estarei sempre com você, em tudo. Vou tar te apoiando em qualquer decisão, e você sabe que estou aqui pros momentos bons e ruins. Eu te amo muito, Ju!

Eu e ela ás 00:02,



sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Tenha força, mãe.


Tenha força. Não se rebaixe, nunca. Não abaixe a cabeça e não se atinja com que os outros falam. Pense em você. Pense em você acima do pensamento dos outros. Ame, mas ame de forma consciente e calma. Não fique eufórica e se controle. Controle aquele desejo que você tem de fazer com que tudo dê certo. Não lute por quem não luta por você. Não faça pelos outros o que você acha que farão por você, quando na verdade você sabe que não farão. Saiba quem você é, e se dê valor na forma maravilhosa que você é. Não tenha medo. Vá em frente, sem se transformar para agradar. Não faça tudo. Tenha vontade própria. Gaste com o que você quiser e o que te fizer bem. Se agrade. Se faça feliz. Não ache que um elogio é uma vida. Não se deixe apaixonar por gestos bonitos. Não arranje qualquer cara e ache que ele é o perfeito. Não se precipite. Pense muito. Pense no que você está rendendo e perdendo mudando tanto. Pense que se continuar assim, você pode perder pessoas valiosas na sua vida diária, e que quando você achar que ele está lá pra te apoiar, ele some. Ou ele faz merda. E aí você vai ver o que perdeu. E que talvez não volte mais. Suas decepções vão aumentar, e seus medos também. E a cada vez que uma decepção com um desses homens acontece, mais fraca você fica. E ficando mais fraca, você fica mais submissa e mais determinada a fazer o que esse próximo homem quiser. Tudo pela carência. Eu sei como é, também sou assim, você sabe. Mas erga a cabeça. Veja a situação por cima. Me deixe te ajudar. Você sabe que eu sempre fui a única pessoa que esteve com você em tudo. Nem seus pais estiveram tanto quanto eu estive. Agradeço sempre por você ter me tratado como amiga, pra eu poder ser de fato uma amiga eterna sua, ligada por sangue. Você sabe que o que fiz não foi por rebeldia, nem pra por um ponto final e te jogar contra a parede. O "eu ou ele" nunca aconteceu entre a gente. Fiz o que fiz porque não dava mais pra mim, mas você sabe que estou SEMPRE com você. Em qualquer obstáculo da sua vida. Eu já me decepcionei com você, já fiquei triste, chateada. Mas raiva e mágoa não. Acho muito forte. Tudo que eu desejo pra você, é uma vida calma, e que você esteja com alguém que te dê o valor necessário, porque você é muito mais do que especial. Você é tudo, faz de tudo, se dobra, e ninguém enxerga isso. Todos só vêem seus defeitos, e brincam com seus sentimentos. Então, eu espero que você tome consciência nessa cabecinha e saiba o que está fazendo com sua vida. Ele não é o homem certo pra você. Eu digo isso com certeza, e raras vezes eu erro. Geralmente estou certa. Pergunta pras minhas amigas. Eu quero que você ache um homem que faça tudo por você, e que se arraste por você e diga 'por favor, não me deixe, eu te amo'. Quero a melhor vida pra você. Mas pra isso você tem que ser mais racional, porque depende de você também. Por favor, faça a coisa certa. Você já passou por muita coisa ruim nessa vida, e precisa de um pouco de tranquilidade. Estou sempre ao seu lado, em tudo. Estarei segurando a sua mão, te abraçando, te dando força, te ajudando no que puder. E sou a única.
Força, mãe. Muita força.

Eu e ela ás 16:58,



quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Sento à minha mesa. Pego uma folha de papel. Não, melhor pegar mais, dez. Pego uma caneta. Não, não, lápis e borracha. Melhor pegar um apontador também, não quero ser interrompida por uma ponta de lápis quebrada. Tiro meus sapatos. Acomodo-me melhor na cadeira, para que todos os músculos do meu corpo estejam confortáveis. Posiciono melhor a luz, afinal, o sol já se pôs há algum tempo e quero poder ler legivelmente o que escrevo. Ponho o lápis em mãos, e fixo meu olhar no papel. Escrevo com a letra desregular: "Estou aqui escrevendo essa carta para" e percebo que estou muito nervosa. Um cigarro e uma taça de vinho não iriam cair mal. Direciono-me à cozinha, pego a taça, despejo um pouco de vinho, não preciso de muito. Tomo um gole e me pergunto onde estão meus Marlboros. Na mesa da sala, é claro. Aproveito e pego o cinzeiro, claro. Sorte que meu isqueiro está no bolso. Acendo o cigarro pensando que preciso parar de fumar, mas sem ela o vício voltava. Retorno à mesa de estudos. Olho novamente para o papel com aquelas palavras quase ilegíveis. Jogo o papel fora e pego outro. Começo: "Minha querida, não consigo acreditar que você está feliz ao lado dela. Não só não consigo acreditar como aceitar esse fato. Estou me afundando em meus vícios e em mim mesma. Qual é o problema que eu tenho que me impede de possuir-te?". Tomo mais um gole de vinho, e acendi mais um cigarro. Neste instante as lágrimas eram inevitáveis. Depois de seis meses, é a primeira vez que admito sofrer a falta dela, do meu amor, da minha querida. É a primeira carta, também. Ainda não tenho certeza se será enviada. Quem sabe eu desista de escrever e saia hoje mesmo com meus amigos? Eles me chamaram hoje para um bar e eu disse que não queria sair. Mas eu preciso esquecê-la. Preciso viver minha vida. Uma carta não irá mudar nada depois de tudo que eu tentei. Apago o cigarro e largo a taça em cima da mesa. Ligo confirmando minha presença e pergunto se ainda posso aparecer lá. Eles disseram que sim, que estão aguardando a minha presença. Ligo o som, e escolho minha cantora favorita: Billie Holiday. Com toda a sua melancolia, é a única que me deixa com vontade de viver. Vou direto para meu quarto, escolho meu melhor vestido. Ela sempre dizia que era o que ficava melhor em mim. A última vez que o usei foi com ela... Mas estou decidida. Irei esquecê-la, para sempre. Tomo um bom banho, lavo meus cabelos. Ouço a campainha tocar. Será que eles vieram me buscar para o bar? Desligo o som e me direciono à porta. Abro, ainda de toalha, e deparo-me com ela. Ela estava com o olhar perdido, olheiras profundas, cabelo bagunçado. Ela pergunta sem olhar nos meus olhos "Posso entrar?". Eu apenas balanço a cabeça, dizendo sim. Ela diz "Eu venho aqui para pedir desculpas. Eu percebi o erro que cometi. E com esse erro percebi que você é a pessoa que eu preciso... Eu te amo!". Ouvindo essas palavras esqueço tudo que pensei anteriormente. Não quero esquecê-la, não quero ficar com outras pessoas, quero ela, só ela. E como se pudesse ler meus pensamentos, ela se aproximou e me deu um longo beijo... Disse no meu ouvido "Por favor, diz que você não está com ninguém. Diz que eu ainda posso ser sua...". Eu respondo "Claro que você é minha. Não existe espaço para mais ninguém no meu coração.". Ela se afasta um pouco, olha ao redor, vê o maço de cigarro e a taça de vinho e diz "Vejo que você voltou a beber e a fumar...". "É a sua falta que faz isso, meu bem." respondo. "Podemos começar de novo?". "Sim, sempre.". Beijamos novamente, mas agora por todos os cômodos da casa. Enquanto andamos e beijamos ela conta o que aconteceu na sua vida e eu conto o que aconteceu na minha. Chegamos a meu quarto, ela vê o vestido estendido na minha cama e pede para usá-lo. Rapidamente visto. Ela dá um sorriso e diz "Você fica linda neste vestido!". Decido cancelar meus planos. Não vou mais ao bar. Vou ficar por aqui, com minha querida. Ligo o som novamente, ela também adora Billie Holiday. Deixamos o som rolar, enquanto nos deliciamos com nosso amor...

Eu e ela ás 13:25,



quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Quem sou eu? Descubra.


Acabo com sua vida aos poucos. Sugo sua energia e sua vontade de viver. Faço com que você chore, sofra, e tenha vontade de fazer loucuras. Faço você conhecer o pior lado da sua própria vida. Seu lado obscuro e degradante. Vejo você ficar sujo e diferente do que é. Vejo pessoas intolerantes gritarem com você por você não ser mais a pessoa dócil que era. Faço com que você se afaste de amigos, família, e coisas que te deixam feliz. Ou, faço com que você se apegue a apenas um ser humano, sabendo que esse um dia se cansará de seu grude. Vejo então você chorar. Pois nada parece satisfatório. Faço você achar que o mundo conspira contra você, quando na verdade todos estão apenas levando sua própria vida. Faço você olhar para os lados e não ver saída, e se ver sendo esmagado por tudo. Você começa a achar que o mundo é uma merda, e que nada colabora para que você melhore. Você toma remédios tentando se livrar de mim, mas não sairei tão fácil da sua vida. E a cada dia, mais fatores externos acontecem contribuindo para sua dor. Tentam te levar a terapeutas, psicólogos, mas não adianta. Apenas eu controlo sua mente. Você é minha marionete. Eu mexo você. Mexo seu corpo e seus pensamentos. Faço você sentir angústia, medo. Sua auto-estima fica baixa. Você sente o desprazer de viver. Vê como a vida era boa antes, e você não valorizava. Eu não estou aqui apenas para o lado ruim, não, não. Não estou te machucando de graça. Mas pra você aprender algo. Talvez dar mais valor às coisas e pessoas. Talvez aprender. Não sei. Descubra. Não estou aqui pra fazer isso pra você. E não ponha a culpa em Deus, nem nas pessoas próximas de você. Eles não fazem nada. Eu que faço. Eu te levo para o inferno. Sua fraqueza me fortalece. Sua dor me faz rir. Se você conseguisse lutar consigo mesmo, talvez me superasse, mas, você não consegue, não é mesmo? Duvido de você e da sua capacidade. Te empurro e você cai. Você não tem coragem de me enfrentar. Que decepção. Você se concentra mais nas suas dores, e em vivenciá-las, do que enfrentá-las de fato. Estou aqui me apresentando, para ver se talvez você tome vergonha na cara e saia desse mundo.


Muito prazer, sou a Depressão.

Eu e ela ás 20:02,




A gente recebeu um meme do Querida Bolacha, aliás, nosso primeiro meme. Acho super digno :D
Então, vamos fazer.

1. Agarrar o livro mais próximo


Castelo de Vidro, de Jeannette Walls, é um maravilhoso livro de memórias que eu tô lendo. É muito emocionante, de fato. Há dois anos na lista dos mais vendidos do New York Times.

2. Abrir na página 161

3. Procurar a 5ª frase completa.

4. Colocar a frase no blog.

" Primeiro a mamãe disse que não, mas ele ficou repetindo a pergunta inúmeras vezes,e, quando ela finalmente disse que sim, o ar da briga desapareceu. Sumiu como se nunca tivesse existido."

5. Não escolher a melhor frase nem o melhor livro! Utilizar mesmo o livro que estiver mais próximo.

6. Passar a 5 pessoas

- Meticulosamente, http://meticulosamente.blogspot.com
- Recanto dos Versos, http://recantodosversos.blogspot.com
- Queer Girls, http://queergirls.blogspot.com/
- O filho que eu quero ter, http://ofilhoqueeuqueroter.blogspot.com/
- [Diários de Bordo] Isa Zeta, http://isa-zeta.blogspot.com/

Eu e ela ás 16:08,



terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Descobertas, decepções, amores - Parte II


Ele estava agoniado. Ia de um lado pro outro, sem saber no que fazer ou pensar. Pensou em chamar os amigos e ir beber. Mas era cedo ainda. E de que graça teria sair com amigos, sendo que Jean não taria junto? Eles sempre saíam juntos. Tentou ver algo na TV, mas nada o agradava. Ficou assim o dia inteiro. Não sabia no que pensar. Até que se rendeu e ligou pro Jean.
- Alô?
- Oi, Jean...
- Victor? Que que foi?
- Eu só to agoniado, só isso. Não estou sabendo direito o que pensar. Você pode vir pra cá?
- Posso, claro, já estou indo.
Victor desligou o telefone e pôs a mão na cabeça. Incrível o tanto de coisa que aconteceu nas últimas horas. Ele não conseguia entender porque a cabeça dele havia virado tanto assim.
Jean chegou em alguns minutos. Victor foi correndo abrir a porta.
- O que houve? tá tudo bem? - Perguntou Jean
- Não. Na verdade não. Estou muito confuso.
- Quer desabafar?
- Aquilo que você falou pra mim no banheiro me deixou muito estranho. Mas não foi de um jeito ruim. Me senti diferente, sabe. E apesar da sensação ser boa, não acho que seja uma coisa boa.
- Por que não?
- Porque ser gay não é facil nem comum, sejamos francos. Fora que minha família, meus amigos, meu trabalho...
- Mas quem falou em você ser gay?
- Ah, mas... Subentende-se.
- Hmm, acho que você acabou de assumir.
- Não, não mesmo.
- Eu nem falei em você ser gay. Você que falou. Ou seja...
Victor abriu a boca pra falar, mas a fechou.
- Eu nunca tive experiências com homens! Nunca passou pela minha cabeça que eu pudesse ser gay!
- Pra tudo tem uma primeira vez.
- Ah, como se fosse fácil assim. Ficamos juntos por algumas horas e eu ignoro toda minha vida até agora. É isso?
- Não estou falando dessa forma, Victor. Não dificulte.
- Claro que está. Jean, você já se descobriu há muito tempo. Eu... Eu sei lá o que estou fazendo com minha vida! Você bagunçou tudo.
- Victor...
- É sério. O que está acontecendo comigo? Preciso de um balde de água fria, de um tapa no rosto, de um psiquiatra. - Disse Victor quase chorando, e rodando pelo apartamento.
- Victor...
- E você ainda fica aí, ignorando o que estou sentindo. E ainda me trata como se eu tivesse acostumado com essa situação.
- Victor...
- E parece que pra você foi muito fácil descobrir que gosta de homens. Você trata como se eu fosse um idiota exagerado e dramático.
- Victor...
- O que foi, Jean? Fala.
- Victor. Por favor, acalme-se. Ficar nesse estado de euforia não vai ajudar em nada. Sente, respire, e feche seus olhos. Agora eu quero que você faça uma retrospectiva da sua vida até agora. Tudo que você passou, e o que aconteceu entre nós. Faça um balanço. Compare. Pense. Sinta. Não precisa ser agora. E não te acho um idiota exagerado. Pelo contrário. É super normal. Se estou sério, ou algo assim, é porque estou tentando conter minhas emoções. Eu te amo... E não quero que isso seja uma pressão. Você quer que eu fique aqui ou vá embora?
- Não sei.
- Vou fazer um chá pra você. Deite e faça o que eu pedi.
Jean foi pra cozinha e engoliu em seco. Victor estava chorando. Fez o chá e levou para ele.
- Victor, como você está se sentindo?
- Confuso.
- Estou me sentindo um pouco culpado.
- Por que?
- Olha só para você. Se eu não tivesse falado o que falei, você continuaria igual sempre foi.
- Esse é o problema. Começo a achar que o que eu era, não era eu mesmo. Era apenas uma enganação.Porém, é difícil pra mim admitir isso.
- Entendo... Você quer que eu vá embora, e depois a gente se fala?
- Não sei. Acho melhor você ir. Preciso de um tempo pra pensar.
- Tudo bem então. - Jean foi dar um beijo de despedida em Victor e ele virou o rosto, fazendo com que se beijassem. Jean afastou.
- O que houve?
- Não sei se é bom pra você fazermos isso.
- É pior se não fizermos.
Victor puxou Jean e eles colntinuaram a se beijar, e assim ficaram por um bom tempo, até que adormeceram juntos.
Jean acordou e viu Victor sentado na janela, fumando constantemente.
- Ei, volta pra cá e deita comigo. - Disse Jean manhoso.
- Já tô indo.
- Aaaah, vem logo, vem.
- Ok, estou indo. - Disse Victor sorrindo.
- E aí, como você está?
- Estou... normal. Eu tava pensando na vida, e em nós dois.
- E o que você pensou?
- Eu... O que eu pensei? Haaam...
- Fala.
- Eu acho que estou apaixonado por você, Jean. E não sei se isso é bom.
- Sério? Uau, isso me pegou de surpresa.
- É... Eu estava fazendo o que você me pediu. Fiz uma retrospectiva e analisei toda minha vida.
- E você está falando sério mesmo?
- Sim, estou. - Disse sorrindo.
- Você percebe como isso é sério?
- Percebo.
- Você sabe que se resolver realmente se apaixonar por mim, terá que enfrentar a vida preconceituosa que terá pela frente?
- Sim.
- Então... Acho que não tem outra coisa a fazer senão...
- O que?
- Isso pode parecer muito antiquado, mas... Victor, quer namorar comigo? - Perguntou jean com os olhos brilhando.
Victor sorriu.
- Sim.
E foi assim que aconteceu. Começaram a namorar e aos 4 meses de namoro, Victor decidiu se assumir para os amigos, trabalho e família. Estava deslumbrado. Estava levando uma vida ótima ao lado de Jean. A cada dia ele se apaixonava mais, e esquecia da vida que levava antes. Passava o tempo, e Victor foi sentindo uma certa dependência de Jean. Até que um dia Victor teve que viajar, e chegou dois dias antes do esperado, para poder fazer uma surpresa para Jean.
Chegou na casa de Jean e abriu lentamente a porta da sala para não fazer barulho, e foi entrando no quarto dele, que estava de porta fechada.
- Amor, cheguei. - Disse Victor sorrindo. Abriu a porta e seu sorriso sumiu. Deixou as malas caírem no chão e arregalou os olhos. Tinha um homem de 4 na cama, enquanto Jean metia por trás. - QUE PORRA É ESSA?! Seu idiota. Vai se fuder. - Disse Victor saindo correndo do quarto.
Jean pôs as mãos na cabeça e vestiu as calças.
- Victor, espere! - Disse Jean agarrando o braço dele.
- Espera o quê, Jean? Eu cheguei mais cedo, e sabe por que?
- Pra me fazer uma surpresa?
- Não apenas isso. Amanhã nós fazemos 6 meses. Ou mulher, faríamos. E aí, eu chego na casa do meu namorado, e o que eu vejo? Acabou. E nem tente vir se desculpar.
- Victor, por favor, deixe-me falar.
- Não.
- Por favor...
- Ok então. Fale.
- Eu tenho medo de relacionamentos sérios de longa data. Aliás, não consigo manter. Me desculpe, mas ainda não estou preparado para isso. Eu te amo, mas não consigo...
- Ótimo. Você não terá mais que se preocupar com isso, lhe garanto. Sumirei da sua vida, e você poderá ter seus casinhos, igual com esse puto em cima da sua cama. Até mais.
Victor saiu do apartamento, chorando, e Jean ficou estático, sem saber o que fazer.


- Err, oi, tudo bem? - Perguntou um homem para Victor no restaurante.
- Tudo.
- Desculpe se incomodo, mas observei que você está sozinho, e parecia que você estava muito concentrado em pensamentos antigos. É apenas um palpite.
- É, era justamente isso.
- Quer conversar?
- Não, tudo bem.
- Estou te incomodando?
- De maneira alguma.
- Então deixe-me apresentar formalmente. Meu nome é Roberto, muito prazer.
- Prazer, Victor.
- Então, já que você não quer conversar sobre o que passava na sua cabeça, quer conversar sobre outras coisas? Garanto que posso ser uma boa companhia.
Victor pensou duas vezes antes de responder. Estava sofrendo muito e não sabia se conseguiria conversar, porém, aceitou.
Passaram-se duas horas, e eles continuavam conversando. Riam muito. Victor se identificou muito com Roberto, e até conseguiu distrair seus pensamentos. Chegavam cada vez mais perto. A conversa entre os dois dava certo, será que fisicamente daria certo também? Roberto beijou Victor. Sorriram. Há duas horas atrás, Victor achava que sua vida estava perdida, e que tinha jogado tudo fora quando se assumiu gay. Porém, ele viu que as coisas não funcionavam assim. Ele estava ali, com um homem maravilhoso, e conseguia não pensar na decepção que Jean lhe causou. Estava feliz e tranquilo.
Jean passou em frente ao restaurante, e viu Victor rindo e pegando na mão de Roberto. Sentiu seu coração apertar, e a culpa cair. Ele sentiu o peso de ter feito o que fez. Pensou em entrar no restaurante e falar com ele, mas achou melhor nçao. Não queria estragar mais uma vez a vida de Victor. Foi embora.

Eu e ela ás 14:38,



sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Feliz ano novo


Mais um ano se passou. Mais 365 dias de promessas, felicidades, decepções, brigas, alegrias, amores. Se eu fosse fazer uma retrospectiva de todo meu ano de 2007, juro que acho que daria um livro. Não foi nada monótono e quietinho. Aconteceram muitas coisas ruins, que eu espero que não continue nesse ano. Porém, aconteceram coisas boas que ficaram marcadas, e essas sim, eu espero que continuem. Foi um ano diferente dos outros em vários aspectos. Foi mais um ano que me ajudou a amadurecer muito e a perceber várias coisas da vida que só se percebe vivendo. Foi um ano que me esforcei mais do que me esforçava. Foi um ano que vi que muitas pessoas precisam de mim, apesar de algumas negarem, e isso me faz muito bem. Consegui perceber mais quem eu sou, o que desejo, o que pretendo. Entendi mais ainda o que é amor, e vi como isso exige muito de mim. Consegui ser mais racional, e entender pessoas que pensam e agem bem diferente da forma que eu faço. Estudei mais, me esforcei mais. Estou de fato com muitos problemas, mas tentei ao meu máximo não demonstrar isso, e estar com um sorriso no rosto na maior parte do tempo. Porém foi cruel quando olhei no relógio, vi que era meia-noite, e pensei que muito provavelmente meus problemas só iriam piorar. Não é pessimismo, é apenas a realidade. Ainda não caiu a ficha de que 2008 acabou. Estou um pouco receiosa quanto ao ano que acabou de chegar. Mas não posso fugir, então, vou encarar. Quanto às promessas de final de ano, não tenho nenhuma. Não acho legal esse tipo de promessa. Eu vou vivendo, e agindo conforme o que eu achar que está certo no momento. A vida, as pessoas, os atos, tudo muda. Não tem como eu prometer o que quero fazer, sem saber o que vai acontecer amanhã. Porém, eu espero que seja um ano maravilhoso para mim, e para todos que merecem. Tentarei fazer meu possível para que isso aconteça. Tanto comigo quanto as pessoas ao meu redor.

Feliz 2009!

Eu e ela ás 03:32,



quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Resposta


Paula,
fazem 4 dias que voce me mandou a carta, e faltariam 3 dias pro meu casamento, se eu não tivesse terminado. É, Paula, terminei. Você esperava isso, de verdade? Nem eu. Mas não teve como ser diferente. Como eu poderia casar sem minha madrinha e o apoio dela? Mas pior... Como eu poderia casar com ele sabendo das coisas que você falou? Sinceramente, você não deveria ter feito o que fez. Você errou. Sabe como sou sentimental e que essas coisas que você falou me derretem. Se você sentia o que sentiu, deveria ter falado logo no início. Não dá pra ficar guardando assim do jeito que você guardou. Faz mal pra nós duas. Estou chateada e confusa. Não sei porque estou confusa, pois não deveria ter ficado. Mas muitas coisas mudaram pra mim nesses 4 dias. Todos me ligaram constantemente, inclusive você, e eu me fechei em casa. Minha secretária eletrônica está cheia de mensagens da minha organizadora do casamento. Me reclusei do mundo, pensando em você. Pensando nos anos da nossa amizade, e em tudo que você faz por mim. Claro que eu estou surpresa, maravilhada, e coisa e tal. Mas o que você disse naquela carta despertou sentimentos em mim que percebi que não eram passageiros. Estive sempre procurando a felicidade ao lado de homens e mais homens, mas talvez eu não tivesse percebido que minha felicidade poderia estar ali, ao meu lado, fingindo ser só minha amiga, sofrendo em silêncio. Eu sei que meu noivo não era o cara certo pra mim, porém eu não conseguia enxergar. Você me ajudou a abrir meus olhos. E nossa... como você me conhece. Estive relembrando de tudo, e de fato, você sabe tudo sobre mim. Dá até um pouco de medo. Porém, um pouco de alívio também. Enfim, nem sei mais o que estou falando. Só sei que... acho que é recíproco o que você sente. Talvez não ainda na mesma intensidade. Devo estar muito louca por fazer o que estou fazendo. Gastei uma fortuna no casamento. Decepcionarei minha família, meu noivo e a família dele. Acabarei com minha reputação. E quando eles perguntaram o porquê de eu cancelar o casamento, eu apenas chorei e desliguei o telefone. Olha que maduro: Terminei por telefone. Mas já não penso mais em racional. Estou sendo completamente o oposto disso. E sabe do que mais? Estou feliz assim. Eu estava perdida e finalmente encontrei minha bússola. Quero você. Paula, devolvi o noivo, mas não devolvi o vestido. Será que poderemos usar ele?
Com amor,
Annie

Eu e ela ás 21:42,